A articulação entre o ministro da Saúde e o diretor executivo do SNS tem sido "absolutamente perfeita". A garantia é dada pelo ministro Manuel Pizarro.
"Isto só começou agora, é verdade, mas tem corrido de forma absolutamente perfeita e articulada", diz o ministro da Saúde à Renascença.
Manuel Pizarro convidou esta manhã os jornalistas para um pequeno almoço, no Porto, em que fez dois anúncios essenciais.
Por um lado, o ministério vai encomendar um estudo, a uma universidade ainda a definir, para perceber qual é a rede hospitalar de que o país necessita a médio prazo, até 2030. Os resultados deste estudo deverão ser conhecidos a até ao final deste ano.
Noutro plano, o ministro da Saúde pretende colocar em marcha, logo no início de 2024, um programa para a formação de especialistas e fixação de médicos em zonas do país com baixa densidade populacional.
A ideia é avançar para um regime de formação partilhada, entre o litoral e o interior. Está prevista não só uma remuneração majorada, como o apoio ao alojamento: "estes médicos, no fundo, têm de ter duas casas e precisam de um maior apoio. Terão de ter uma componente de remuneração aumentada por parte do Estado e, entre os hospitais e as autarquias, vamos procurar criar condições de alojamento que minorem a despesa excessiva de quem tem que trabalhar em dois sítios diferentes".
Estes dois anúncios foram feitos esta segunda-feira por Manuel Pizarro mas já na última semana foi Fernando Araújo, diretor executivo do SNS, quem convidou os jornalistas para fazer outros anúncios.
Existe, contudo, uma ação concertada, esclarece à Renascença Manuel Pizarro: "eu acho que as funções estão bem segregadas entre o ministro da Saúde, que tem uma função de condução politica da saúde, e de orientação política do Serviço Nacional da Saúde, e a função do Diretor Executivo do SNS - do professor Fernando Araújo - que tem uma função de direção e de condução operacional. Isto, até agora, tem corrido de forma absolutamente perfeita e bem articulada".
Questionado sobre se o anúncio da realização de um estudo para verificar qual é a rede hospitalar de que o país necessita a médio prazo, até 2030, não seria da competência do CEO do SNS, Manuel Pizarro responde que "é relativamente irrelevante quem faz o anúncio em concreto, mas há uma coisa que pode ter a certeza: está articulado com ele".
A verdade é que, ainda durante estas declarações de Manuel Pizarro à Renascença, Fernando Araújo entrou na sala sorridente e anuiu que existe uma boa articulação entre a direção executiva do SNS e o ministério da Saúde.