O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro considerou esta quarta-feira essencial um acordo político alargado para uma reforma da justiça, excluindo o Chega e incluindo o PSD, e onde devem participar os atores do sistema judicial.
Esta posição foi transmitida por José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna, numa entrevista à TVI sobre as razões da sua candidatura ao cargo de secretário-geral do PS, cujas eleições estão marcadas para 15 e 16 de dezembro e tem como adversários o ex-ministro Pedro Nuno Santos e o dirigente socialista Daniel Adrião.
Para o ex-secretário-geral adjunto do PS, a reforma do setor da justiça que propõe deve visar principalmente maior celeridade processual, transparência processual e cultura de prestação de contas.
"É muito relevante termos um debate alargado na sociedade portuguesa que deve envolver os partidos políticos democráticos, as forças políticas e sociais", disse, antes de especificar que não conta com o Chega.
"Como é do conhecimento público, o Chega é um partido político tem procurado minar a confiança dos cidadãos nas instituições. Não pode ser uma reflexão com aqueles que procuram ser beneficiários da destruição da confiança nas instituições democráticas. Dito isto, há dimensões importantes da justiça. Nessa reforma, devem estar os atores do sistema judicial", declarou.