Três cidades na Suécia foram abaladas por quatro explosões no espaço de uma hora, na madrugada desta quinta-feira, revela o jornal The Guardian.

As explosões registaram-se em zonas residenciais e não há feridos a registar, apenas danos materiais.

Estes incidentes ocorrem numa altura em que o país enfrenta uma vaga de violência resultante de conflitos entre gangues.

As primeiras explosões ocorreram em Gotemburgo, com 10 minutos de intervalo, pela 1h00 da madrugada (hora local).

Uma hora depois, registaram-se outras duas explosões com escassos minutos a separá-las: uma em Norsborg, subúrbio a sul de Estocolmo, a outra em Nyköping, cidade sueca situada a 100 quilómetros da capital.

Para os locais foram convocadas brigadas anti-explosivos que deram início a “investigações técnicas”, revela a polícia, citada pelo jornal britânico.

As autoridades afirmam que é cedo para especular sobre os responsáveis das explosões, mas a Suécia tem-se debatido nos últimos anos com um aumento de violência relacionada com gangues que controlam o tráfico de droga.

Nesse contexto, este tipo de situações não constitui uma novidade no dia-a-dia dos suecos: só em 2022 ocorreram 90 explosões e 101 casos de tentativas de atentados com explosivos, segundo dados da polícia.

Estes números, no entanto, cresceram nos últimos meses: até 15 de agosto registaram-se 109 explosões.

Os tiroteios também são frequentes: só em 2022 ocorreram 391, 62 dos quais resultaram em mortes.

As bombas são usadas principalmente para intimidar alvos, enquanto os tiroteios têm como objetivo matar elementos de gangues rivais.