O Papa Francisco lembrou, esta quarta-feira, as crianças que fogem das bombas na Ucrânia e disse que são “vítimas da arrogância dos adultos”.
“E agora peço que pensem, façam uma reflexão: vamos pensar em tantas crianças, meninos, meninas, que estão em guerra, que estão a sofrer na Ucrânia. Eles são como vocês, como vocês, seis, sete, 10, 14 anos.”
Francisco recebeu, na Basílica de São Pedro, um grupo de estudantes e funcionários italianos da Escola "La Zolla" de Milão, por ocasião de seus 50 anos de fundação.
Depois de uma saudação, rezou por todos aqueles que “são vítimas da soberba dos adultos”.
“Senhor Jesus peço pelas crianças e jovens que estão a viver debaixo das bombas, que vêm esta guerra terrível, que não tem que comer, que tem que fugir, deixando casa, tudo. Senhor jesus olha para estas crianças, para estes jovens, olha para eles, protege-os. São vítimas da soberba de nós, adultos. Senhor jesus abençoa estas crianças e protege-as.”
Já no final da audiência desta quarta-feira, Francisco recorreu a uma oração escrita pelo arcebispo de Nápoles, D. Domenico (Mimmo) Battaglia, para pedir perdão pela guerra.
"Perdoa-nos a guerra Senhor. Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de nós pecadores! Senhor Jesus, nascido sob as bombas de Kiev, tende piedade de nós! Senhor Jesus, morto nos braços de sua mãe num bunker em Kharkiv, tende piedade de nós! Senhor Jesus, enviado aos vinte anos para a linha da frente, tende piedade de nós!”
O Papa pediu também perdão pela crueldade e brutalidade das nossas ações.
“Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a matar nosso irmão. Perdoai-nos, se continuamos a justificar a crueldade com nosso cansaço, se com nossa dor legitimamos a brutalidade de nossas ações”.
E terminou a oração pedindo o fim da violência.
Perdoai-nos a guerra, Senhor. Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nós vos suplicamos! Parai a mão de Caim! Iluminai nossa consciência, que não seja feita a nossa vontade, não nos abandoneis às nossas ações! Parai-nos, Senhor, parai-nos! E quando a mão de Caim tiver parado, cuidai também dele. Ele é nosso irmão. Ó Senhor, travai a violência! Parai-nos, Senhor!”