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Começou à meia-noite a greve de dois dias da tripulação de cabine da Ryanair, em Espanha, Portugal e Bélgica. Os tripulantes italianos também aderiram à greve, mas apenas nesta quarta-feira.
Esta manhã já há dez voos cancelados em Portugal: oito ligações de e para o Porto e duas partidas em Lisboa (para Paris e para a Ilha Terceira, nos Açores).
Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, avança à Renascença que tem confirmação de que, esta manhã, "mais de 50% dos voos programados estão cancelados. Temos três cancelados em Faro, três em Lisboa e cerca de doze no Porto". Mais perto do final da manhã, o dirigente apontava já para "60% de voos cancelados".
O sindicalista adianta ainda que há voos com perspetiva de embarque, mas o sindicato sabe "que as tripulações não se apresentaram e que serão cancelados".
A companhia aérea irlandesa admite cancelar até 50 voos em Portugal durante esta greve. Esta quarta-feira, o site da Ryanair avança com mais cancelamentos, que podem chegar aos 30 para esta quarta-feira.
Nos restantes países afetados pela greve, Bruno Fialho adianta que há cinco voos cancelados em Itália, três na Bélgica e vários em Espanha, sendo que neste último caso foram decretados serviços mínimos entre o continente e as ilhas espanholas.
O sindicato espera que a greve possa mudar "o paradigma social da Ryanair". "Julgamos que os acionistas estarão a pensar se vale a pena continuar a apostar nesta política do medo e do terror protagonizada pelo senhor Michael O'Leary [diretor executivo] e o senhor Eddie Wilson [diretor de pessoal]", diz Bruno Fialho.
Os tripulantes exigem a aplicação das leis laborais nacionais. A transportadora critica as paralisações “desnecessárias”, que podem levar a reduções de trabalhadores.
[Notícia atualizada às 11h00 com atualização de voos cancelados, segundo Bruno Fialho]