Paulo Rangel considerou que o seu encontro com o Presidente da República, esta terça-feira, "foi do ponto de vista institucional normal".
"Assim que apresentei a minha candidatura ao PSD, pedi uma audiência de cortesia para explicar porque é que era candidato a líder", explicou, numa entrevista feita à RTP, esta quarta-feira.
"Se há alguem candidato à liderança do segundo maior partido e tem aspiração de governar portugal dentro de meses, acho natural", acrescentou.
O também eurodeputado esclareceu que o timing da reunião "foi escolhido por Marcelo Rebelo de Sousa".
"Não é normal em qualquer país que um PR ouça os atores políticos? É um líder de um partido que diz quem é que o PR pode ouvir? E em que dias?", questionou, numa referência às críticas de Rui Rio ao encontro em Belém.
"No dia 11 de janeiro, de 2019, o Presidente esteve com Rui Rio e a 14 de janeiro recebeu Luis Montenegro. Na altura, Rui Rio não viu nada de mal", comparou.
Paulo Rangel voltou a defender a data de 4 de dezembro para a realização das diretas do PSD e indicou que "o Conselho Nacional escolheu a data" que Rui Rio "preferia".
"O Conselho Nacional teve em conta o cenário de crise política", considerou.
O social-democrata não quis apontar uma data para a realização de eventuais eleições antecipadas, devido ao chumbo do Orçamento do Estado 2022.
No entanto, deixou claro que prefere que Marcelo Rebelo de Sousa deixe "os partidos decidir" antes das eleições