O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) foi notificado pela TAP sobre o ciberataque que expôs os dados de 1,5 milhões de clientes.
Em resposta à Renascença, o CNCS diz estar “a acompanhar o caso em estreita articulação com as restantes autoridades competentes”.
O Centro Nacional de Cibersegurança está nesta altura a “proceder à recolha de indicadores técnicos para prevenção de futuras ocorrências nesta ou noutras entidades”.
O grupo de hackers Ragnar Locker publicou dados pessoais de 1,5 milhões de clientes da TAP. O documento com 581 gigabytes de informação foi publicado online na Dark Web, esta segunda-feira.
Nessa mensagem, os piratas dizem que continuam a ter acesso aos sistemas informáticos.
Além das tabelas com moradas, números de telefone e nomes de clientes, a fuga de dados apresenta documentos de identificação de pessoas que aparentam ser profissionais ou parceiros da TAP, bem como acordos confidenciais com várias empresas e relações com outras companhias de aviação, avançou o Expresso.
O que se sabe sobre o Ragnar Locker? É um grupo de cibercriminosos especializado neste tipo de ataques informáticos a grandes empresas, com o objetivo de obter resgates. Foi o mesmo grupo que atacou a EDP há cerca de dois anos e meio e, na altura, pediu um resgate de 10 milhões de euros que a empresa sempre negou ter pago.
A TAP garante que "graças aos sistemas de cibersegurança e à rápida atuação da equipa interna de TI, a intrusão foi contida numa fase inicial, antes de provocar danos nos processos operacionais. As operações da TAP estão a decorrer com normalidade”. A garantia foi dada à Renascença por fonte da empresa após a notícia de que hackers publicaram dados pessoais de 1.5 milhões de clientes.