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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou esta sexta-feira em Kiev o regresso do embaixador da União Europeia à capital ucraniana, para que o bloco europeu e a Ucrânia possam "trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita".
"A União Europeia volta a Kiev. Digo-o literalmente: o nosso chefe de delegação voltou a Kiev, para que possamos trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita", anunciou o Alto Representante da UE para a Política Externa na capital ucraniana, para onde viajou hoje com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
As forças russas tentaram entrar em Kiev nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, mas a cidade resistiu aos ataques russos e o Governo continuou a trabalhar desde a capital, tendo hoje Borrell considerado "impressionante" a forma como as autoridades conseguiram prosseguir o seu trabalhado "em circunstâncias tão difíceis".
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos, naquela que é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.