O presidente do partido Chega reconheceu esta terça-feira que o PS, enquanto partido mais votado nas eleições legislativas de domingo, tem legitimidade para formar governo, mas indicou que não o apoiaram, pelo que será oposição na Assembleia da República.
“O Partido Socialista, provavelmente o próximo Governo, não contará com a viabilização nem com o apoio do Chega, exceto em medidas que nos pareçam pontualmente proveitosas para o povo português e para aqueles que mais têm sofrido ao longo dos últimos anos”, disse André Ventura aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente da República, que decorreu no Palácio de Belém, em Lisboa.
O líder do partido assinalou que “reconhece que o Partido Socialista foi o partido mais votado” e por isso, que o secretário-geral socialista, António Costa, deverá ser o próximo primeiro-ministro.
“Embora nem sempre tenha sido assim, nomeadamente nos últimos anos, o Chega entende que o partido mais votado é o que tem legitimidade para governar”, acrescentou. “Contarão connosco para oposição, que é o papel que os portugueses nos atribuíram”, assinalou André Ventura.
A comitiva do Chega, liderada por ventura e constituída por mais quatro dirigentes daquela força política, esteve reunida durante cerca de 15 minutos com Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa recebe hoje os 10 partidos com representação parlamentar saídos das eleições legislativas de domingo, com vista à indigitação do primeiro-ministro. O Livre foi a primeira força política a ser recebida e o PS será a última, por ordem de votação.