Aumentos de 6,5%, com um mínimo de 50 euros. É a proposta de aumento salarial que a comissão de trabalhadores (CT) da Autoeuropa deverá apresentar à administração e a que a Renascença teve acesso. É esta a proposta dos trabalhadores para um acordo a vigorar retroactivamente desde Outubro deste ano até ao fim de Setembro de 2018.
Este é um dos pontos do caderno reivindicativo que vai ser apresentado aos trabalhadores nos seis plenários marcados para quarta-feira e madrugada de quinta-feira.
Nestes plenários, a comissão de trabalhadores deverá dar conta dos resultados da reunião que teve na terça-feira com a administração da Autoeuropa sobre as alterações aos horários de trabalho. A reunião reatou as negociações entre as duas partes, depois da intervenção do Ministério do Trabalho.
Para a CT, a subida salarial enquadra-se numa conjuntura de recuperação do poder de compra a nível nacional e na perspectiva de um significativo aumento da produção na unidade de Palmela, o que também permitirá o crescimento do emprego.
A CT da Autoeuropa quer que todos os trabalhadores que a 1 de Janeiro estejam com contrato a termo há mais de 12 meses passem imediatamente a efectivos. Por outro lado, a empresa deverá comprometer-se a não fazer qualquer despedimento colectivo até 31 de Dezembro de 2019.
Em caso de necessidade, empresa e comissão de trabalhadores deverão trabalhar para encontrar a melhor solução, defende a CT.
O caderno reivindicativo apresenta ainda várias questões relacionadas com benefícios para os trabalhadores e famílias.
Os trabalhadores já rejeitaram dois pré-acordos realizados por comissões de trabalhadores diferentes. Na semana passada, a administração decidiu unilateralmente implementar um novo modelo de horário para vigorar a partir do final de Janeiro.