​João Neves ainda não se lê com sotaque francês (estivemos ao pé do estádio do PSG e perguntámos por ele)
23-07-2024 - 18:15
 • Rui Viegas, em Paris

Médio do Benfica estará perto de se transferir para o PSG, mas continua a ser um perfeito desconhecido nas proximidades do Parque dos Príncipes, a casa do campeão francês. Ao contrário de outros internacionais lusos…

Mbarec está sentado à entrada da sua mercearia, a escassos metros do Parque dos Príncipes. Por cima da sua cabeça está uma bandeira do PSG e na parede centenas de autocolantes e ‘posters’ do emblema parisiense. Não restam muitas dúvidas: o marroquino que se mudou há 30 anos para a capital francesa é um adepto fervoroso do vizinho milionário.

“Sim, sou adepto do PSG”, atira sem hesitar, ao ser questionado pela reportagem da Renascença. Todavia, quando se pergunta pelo nome de um dos últimos futebolistas portugueses apontados ao PSG, Mbarec franze o sobrolho em sinal de desconhecimento. “João Neves? Non, non!”.

O jovem tavirense já brilha no nosso futebol, mas em Paris ainda nada diz aos adeptos. Pelo menos a parte deles, nas proximidades do estádio, ao contrário do que acontece com outros lusos, e de um em particular, que o marroquino aprecia: “Danilo, Danilo”. Melhor mesmo só um tal de Cristiano Ronaldo, que já não faz sonhar mas merece reconhecimento.

“É muito bom”, finaliza Mbarec, forçando a despedida e evitando a conversa sobre “quase desconhecidos”.

O contingente lusitano enfiado na farda do PSG não é pequeno. Nuno Mendes, Danilo Pereira, Vitinha e Gonçalo Ramos representa atualmente o crónico campeão francês. Antes disso, Gonçalo Guedes fez o mesmo.

Puxando ainda mais a fita atrás, e quem sabe Mbarec tenha uma ideia, jogaram na capital francesa Hélder Cristóvão, Pauleta, Filipe Teixeira, Agostinho, Hugo Leal, Hélder e Kenedy. Puxando ainda mais e mais e mais a fita atrás, temos nomes imponentes como João Alves e Humberto Coelho.