Dulce Pontes, Ricardo Ribeiro e António Zambujo, numa homenagem a Max (1918-1980), são os primeiros nomes divulgados esta quinta-feira, do Festival Santa Casa Alfama, que se realiza em Lisboa, a 23 e 24 de setembro.
O festival de fado acontece no bairro lisboeta de Alfama onde são instalados vários palcos, e instituições locais abrem portas para receber alguns dos nomes do cartaz, assim como o Museu do Fado, no Largo do Chafariz de Dentro.
Max, apontado pela organização como “uma das figuras centrais da música popular portuguesa feita no século XX”, que gravou canções como “Noites da Madeira”, “As Bordadeiras”, “Porto Santo” e “Pomba Branca”, além de fado, nomeadamente o Fado Meia Noite ou "Vielas de Alfama", vai ser homenageado por António Zambujo e seus convidados, no palco Santa Casa, o principal do evento, a ser instalado em frente ao rio Tejo.
Maximiano de Sousa, de seu nome de registo, nasceu no Funchal, e foi o autor e criador “de algumas das canções mais notáveis da nossa história”, salienta a organização do festival, em comunicado.
António Zambujo, numa entrevista à agência Lusa, em 2014, por ocasião da edição do seu primeiro álbum, “Por Meu Cante”, citou Max como uma das suas referências musicais.
Neste festival, o cantor alentejano, logo no dia de abertura e no palco principal, vai homenagear o criador de “Rosinha dos Limões”, de Max e Artur Ribeira, uma parceria autoral que assinou outros sucessos.
Também neste palco, Dulce Pontes convida Ricardo Ribeiro, para atuarem juntos no dia 24.
Dulce Pontes deu-se a conhecer com o álbum “Lágrimas” (1993), no qual recriou temas do repertório de Amália Rodrigues e, ao longo da sua carreira, tem gravado fado, como “Júlia Galdéria”, uma revisitação irónica ao tema de autoria de Joaquim Pimentel, “Júlia Florista”, que interpretaram Amália, Max, Carlos do Carmo, Mariza, Carlos Macedo e Maria da Nazaré, entre outros.
No ano passado, em que a homenagem foi a Carlos do Carmo (1939-2021), Luis Montez, da produtora Música do Coração, que tem organizado o Festival, disse à Lusa que o certame "atrai muitos turistas", calculando-se que cerca de 15% dos espectadores sejam estrangeiros.
Em 2021, com as limitações impostas pelas regras sanitárias decretadas pelo Governo, devido à pandemia de Covid-19, assistiram ao Festival 3.500 pessoas.