O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira que não compreende a irritação do líder social-democrata com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “como se não fosse bom para o país”, lembrando que está já contratualizado com governo regional açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
“A União Europeia criou um PRR que, não sei porquê irrita muito os nossos adversários, como se não fosse bom para o país e para todos nós”, observou António Costa, no comício realizado num auditório quase lotado de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores.
Dizendo falar “para ver se Rui Rio [presidente do PSD] percebe de uma vez por todas”, Costa frisou que “o PRR não é uma ficção mas uma realidade”, e que as negociações foram feitas com o Governo Regional dos Açores quando era liderado pelo PS mas o plano já foi formalizado com o novo Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM.
“Não mudamos de cara lá por os Açores terem mudado de governo regional”, alertou Costa.
“Os governos podem mudar, mas o PS não muda e a dedicação do PS aos Açores não muda, seja quem seja o Governo Regional dos Açores”, acrescentou, referindo-se à “negociação feita com Vasco Cordeiro para que 5% do PRR” fossem aplicados no arquipélago.
Costa lembrou que os socialistas se “bateram em todas as frentes para que este plano pudesse existir” e apresentou as eleições autárquicas de domingo como “mais importantes do que nunca”.
“Andamos a tratar, na Europa, para garantir que cada um, de acordo com a vontade democrática, possa executar, no próximo mandato [autárquico], o seu programa e ajudar a desenvolver a sua terra e o país”, indicou.
Costa considera que “para quem está a sair de uma pandemia e para quem está a sair de crise económica que é a maior do país, é preciso juntar todos os esforços”.
“Todos temos de nos mobilizar. Da freguesia, ao município, à República, às Regiões, à União Europeia, todos temos de nos juntar para devolver um futuro de esperança e de confiança na capacidade de voltarmos a ter um país, um concelho, ma região de prosperidade para todos”, explicou.
Daí ser importante, notou, uma “grande vitória” do PS no domingo.
“Temos de ter os parceiros necessários para estarem focados no essencial – temos de mobilizar todos para que ninguém se abstenha e todos vão votar no PS”, recomendou.
Costa considera que, após cerca de um ano e meio de pandemia de covid-19, está na altura de o país se focar “na reconstrução do futuro”, centrando “todas as forças para que não seja apenas recuperar o que perdemos”.
“Merecemos e ambicionamos um país com maior prosperidade”, notou.