O Governo aprovou o fim dos limites salariais aos gestores da Caixa Geral de Depósitos.
A decisão foi tomada esta quarta-feira, no Conselho de Ministros, e vai ao encontro das exigências do Banco Central Europeu.
A nova equipa da Caixa, liderada por António Domingues, fica assim excluída da regra que impõe os tectos aos gestores públicos.
Em causa está uma alteração ao Estatuto do Gestor Público que, em Janeiro de 2012, tinha indexado os salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos à remuneração do primeiro-ministro.
O fim dos tectos salariais resulta de uma exigência do Banco Central Europeu que, tal como o Banco de Portugal, já por diversas vezes tinha apontado esta limitação como uma condicionante ao modelo de governação da Caixa Geral de Depósitos.
O fim do tecto salarial terá sido uma das imposições feitas por António Domingues para aceitar liderar o banco do Estado.
O Governo remete quaisquer explicações para o ministro das Finanças, Mário Centeno. "Relativamente à alteração do estatuto de gestor público, no sentido de reforçar o Conselho de Administração da CGD e dar-lhe a importância devida que tem para nós como banco público, o ministro das Finanças dará todas as explicações, da parte da tarde ou amanhã de manhã, sobre o diploma aprovado", limitou-se a afirmar a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, no final do Conselho de Ministros.
[Notícia actualizada às 17h12]