Mais de 470 casos foram registados, na sexta-feira, na Urgência Central do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), em Lisboa.
Trata-se do número mais elevado desde o início de outubro, o que está a provocar dificuldades no atendimento dos doentes.
O tempo de espera nesta altura para doentes não urgentes ultrapassa as sete horas, estando a passar por um período "extraordinariamente duro", disse o diretor.
De acordo com dados do CHULN os 470 episódios de urgência atendidos correspondem a um aumento de 50% em relação ao mesmo dia da semana anterior.
João Gouveia admite que esta afluência acima da média , é provocada sobretudo pelos problemas nas escalas de outras unidades hospitalares.
"Estamos com algumas dificuldades. Tivemos um aumento muito grande da afluência no dia de ontem [sexta-feira]. Hoje mantemos uma afluência aumentada em relação a dias anteriores e sabemos que existem vários hospitais à volta que determinadas valências encerradas e é necessária uma coordenação muito grande", disse o diretor do serviço de urgência do Hospital Santa Maria, João Gouveia.
Em declarações aos jornalistas, o responsável disse que na região de Lisboa e Vale do Tejo "só há dois hospitais a dar resposta a algumas das valências mais exigentes", o que faz com que a situação seja, resumiu, "extraordinariamente dura".
"É necessário poupar e preservar estes hospitais", disse João Gouveia que aproveitou para apelar aos utentes para que recorram a meios alternativos à urgência em caso de doença não aguda ou grave.