A empresa anunciou para esta segunda-feira 40 supressões - 20 em cada sentido - dentro e fora das horas de ponta. A empresa alega constrangimentos laborais para levar a cabo estas eliminação.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro salienta que as supressões anunciadas para segunda-feira, dia 27 de maio, vão acontecer num dia em que já não está marcada nenhuma greve de trabalhadores.
"A administração continua, propositadamente, a usar a expressão constrangimentos laborais. Trata-se de um eufemismo, semântico, mas não inocente, com vista a confundir os utentes", refere a comissão em comunicado enviado à Lusa.
Para esta entidade, "os constrangimentos laborais na Soflusa têm um nome" que é a "falta de, pelo menos, 30 trabalhadores nas áreas de navegação - mestres, maquinistas e marinheiros -, na área administrativa e nas áreas comerciais e de apoio ao cliente".
A comissão explica que a situação é de especial gravidade no caso dos mestres que, em 2018, "se viram obrigados a fazer cerca de quatro mil horas extraordinárias".
A comissão de utentes lembra que já apresentou um memorando reivindicativo à administração da empresa para ajudar a resolver os problemas e espera que a "situação insuportável" seja ultrapassada.
Em 10 de maio, as ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa começaram a ser suprimidas pela falta de mestres, o que levou a empresa a anunciar, quatro dias depois, não conseguir prever quando iria repor o serviço.