Marcelo sem medo das sirenes de ataque em Kiev. "As coisas são como são"
23-08-2023 - 16:24
 • Ricardo Vieira

Presidente da República gostava que Zelensky visitasse Portugal.

"Não há razão para ter medo", declarou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre as sirenes de alerta de ataque aéreo em Kiev, ouvidas esta quarta-feira.

No primeiro dia da visita à Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas portugueses que nunca tinha estado numa situação assim, mas mostrou-se tranquilo.

“Medo? As coisas são como são, é como é. Não há razão para medo. Tem havido uma capacidade de resposta integral e de cobertura por parte da Ucrânia. Em segundo lugar, é mais a preocupação dos seguranças quanto ao local exato onde os destroços dos mísseis intercetados podem cair”, afirmou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, gostava que o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitasse Portugal e abriu a porta a um possível convite.

Marcelo gostava que Zelensky visitasse Portugal

Marcelo Rebelo de Sousa está de visita à Ucrânia. Em declarações pelos jornalistas portugueses em Kiev, à margem de uma conferência sobre a Crimeia, o Presidente foi questionado se vai convidar Zelensky a visitar Portugal.

"Gostaríamos muito que ele tivesse uma ocasião para isso", declarou o Presidente português.

Marcelo Rebelo de Sousa adianta que essa "é uma questão que amanhã será tratada - e não vale a pena estar a antecipar - porventura no encontro de delegações que vai existir e depois no almoço".

"Há vários momentos em que haverá oportunidade de falar sobre o que Portugal tem feito e continua a fazer, mas também de uma hipotética ida do Presidente Zelensky a Portugal. Talvez haja uma ou duas ideias sobre isso, mas é prematuro. Nós sabemos como a agenda dele é ocupada. Ele privilegia esses contactos internacionais, mas tem uma guerra a decorrer e gostar de estar na frente de batalha", declarou.

O Presidente também aproveitou para fazer um resumo do seu discurso na Cimeira da Plataforma da Crimeia, onde recordou a posição portuguesa.

"Foi sempre a mesma de não aceitar a ocupação e a violação da soberania ucraniana sobre a Crimeia e Sebastopol. Chamei à atenção que não faz sentido separar a situação da Crimeia da questão genérica da invasão russa da Ucrânia", sublinhou.

Marcelo apelou à retirada imediata das tropas russas dos territórios da Ucrânia. "A linha da política externa portuguesa é isso mesmo. Votámos resoluções das Nações Unidas no sentido de que o agressor deve cessar a agressão. Quer dizer não atacar mais no futuro e retirar de territórios ocupados ilegitimamente", referiu o Presidente.