O presidente do PSD e recandidato Rui Rio defendeu hoje que todos os militantes ativos do partido, cerca de 80 mil, possam votar nas eleições diretas para escolher o próximo líder, mesmo sem as quotas pagas.
Esta proposta foi feita por Rio na sua intervenção inicial perante o Conselho Nacional que decorre à porta fechada.
Na mesma intervenção, Rio formalizou a proposta para antecipar as diretas para 20 de novembro e o Congresso para 10, 11 e 12 de dezembro.
O prazo limite para pagamento de quotas estava fixado em 17 de novembro e, por enquanto, apenas 27.700 militantes tinham a quota em dia.
A proposta de Rio pretende abrir as diretas aos cerca de 83.000 militantes ativos, ou seja, os que pagaram pelo menos uma quota nos últimos dois anos.
De acordo com relatos feitos à Lusa, Rio disse que, por sua vontade, até se realizariam primárias (abertas a simpatizantes), mas considerou não haver tempo e não ser possível alterar agora as regras.
Assim, para diminuir a participação dos militantes com a antecipação das diretas (que encurtaria também o prazo limite para pagar quotas), Rio propôs a dispensa "excecional do pagamento de quotas para todos os militantes ativos".
Nas últimas diretas, vigorou um novo regulamento de quotas, criado pela direção de Rui Rio. Em 2020, tinha sido o candidato Luís Montenegro a propor a abertura dos cadernos, proposta na altura recusada.