Na festa anual dos jovens católicos, o Papa pede-lhes que não se deixem enganar por modas do momento ou pelo fogo de artifício do consumismo que cega e paralisa.
Neste domingo de manhã, na missa que celebrou na Basílica de São Pedro, no Vaticano, assinalando este domingo de Solenidade do Cristo Rei, Francisco pediu aos jovens que andem contra a corrente.
“Assim, na liberdade de Jesus, encontramos também a coragem de ir contracorrente: não contra alguém, como os que se fazem de vítima e os conspiradores que sempre dão a culpa aos outros. Isso não, mas contra a corrente doentia do nosso eu egoísta, fechado e rígido, para seguirmos o rasto de Jesus. Ele ensina a lançar-nos contra o mal só com a forca mansa e humilde do bem. Sem atalhos, nem falsidades”, afirmou o Papa durante a homilia.
Aos jovens Francisco pediu também que assumam compromissos sem ambiguidades e tenham medo de ser equilibristas, entre uma opinião e outra.
““O nosso mundo, ferido por tantos males, não precisa de outros compromissos ambíguos, de pessoas que giram para cá e para lá como as ondas do mar, de quem se posiciona com um pé à direita e outro à esquerda, depois de ter sondado o que convém. Os equilibristas. Um cristão que vá assim será mais equilibrista do que cristão. Por favor, tenham medo de serem jovens equilibristas”, apelou nesta celebração dedicada aos jovens, em mais uma etapa rumo à Jornada Mundial da Juventude de 2023, que irá realizar-se em Lisboa.
Ainda durante a homilia, Francisco pediu ainda aos jovens que “sejam livres, sejam autênticos, sejam consciência crítica da sociedade; não tenham medo de criticar, precisamos das vossas críticas”.
“Tantos de vós andam a criticar, por exemplo, a poluição ambiental. Precisamos disso. Sejam livres na crítica, tenham a paixão da verdade para que possam dizer que, com os vossos sonhos, a vossa vida não é escrava da lógica deste mundo”, apelou por fim.