Os proprietários de alojamentos locais (AL) dizem que as medidas do Governo para o setor vão afetar, direta ou indiretamente, mais de 25 mil famílias só em Lisboa. Para estes empresários, que se manifestam esta quarta-feira na capital, juntamente com operadores de outras áreas de negócio dependentes do AL, o plano do Executivo para a habitação inclui medidas “injustas, avulsas e sem sentido” que visam “o extermínio” do Alojamento Local.
Em declarações à Renascença, Carla Costa Reis, uma das promotoras da concentração marcada para as 15h00 frente à Feira Internacional de Lisboa, onde se realiza a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, diz que na cidade, “se considerarmos quem tem um Alojamento Local e quem trabalha no âmbito do AL, seja a prestar serviços ou diretamente com os turistas, são mais de 25 mil famílias a serem impactadas caso estas medidas levem ao extermínio do setor". "E é para isso que elas apontam”, defende.
Carla Costa Reis diz que o setor quer ser parte da solução para o problema da habitação em Portugal, “mas só num enquadramento legal que faça sentido e que tenha um impacto positivo. Medidas avulsas e que tenham como fim abrir portas à hotelaria e fechar os alojamentos locais, não”.
Os proprietários de AL esperam ser ouvidos pelo Governo. Até porque defendem que o setor tem sido um dos motores da economia, ao mobilizar uma série de outros profissionais ligados à construção civil e ao turismo, “seja o pintor, o senhor das pequenas obras, o canalizador, os guias turísticos ou os operadores de tuk-tuk, que conseguiram fazer ou refazer um plano de vida graças à existência dos alojamentos locais".