O presidente do PSD, Rui Rio, recandidata-se à liderança do partido, foi esta terça-feira anunciado.
A confirmação da recandidatura foi avançada num comunicado assinado por Salvador Malheiro, diretor da campanha de recandidatura de Rui Rio.
"Depois de uma reflexão aprofundada sobre a situação política do país e atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas e da incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD, o Presidente Rui Rio, decidiu recandidatar-se à liderança do Partido Social Democrata", refere o comunicado.
Rui Rio vai medir forças com o eurodeputado Paulo Rangel, que anunciou a sua candidatura na semana passada.
"Com esta sua decisão, tomada no devido tempo, de forma serena e responsável, e sem qualquer preocupação de ordem tática, Rui Rio entende, como sempre tem entendido ao longo da sua vida pública, que o interesse de Portugal tem de estar acima daquilo que possa ser a tranquilidade da sua própria vida pessoal", sublinha o comunicado.
Rui Rio avança para a recandidatura "depois das múltiplas e desnecessárias dificuldades que, para tal, teve de ultrapassar", apesar dos "êxitos políticos que o PSD conseguiu, quer no continente, quer nas Regiões Autónomas", refere a mesma nota.
Neste contexto, seria "compreensível a tentação de não continuar. Mas, tal como sempre, Rui Rio não é homem para desistir de lutar pelo PSD e, acima de tudo, por Portugal", pode ler-se.
Rui Rio fará a apresentação pública formal da sua recandidatura em data a anunciar.
As eleições para a liderança do PSD estão marcadas para o dia 4 de dezembro, apesar de o líder do PSD ter tentado adiar o processo devido à possibilidade de eleições legislativas antecipadas se a proposta de Orçamento do Estado para 2022 for chumbada na Assembleia da República.
Em declarações à entrada para o Conselho Nacional da semana passada, Rui Rio criticou o que disse ser "um assalto ao poder" por parte dos seus opositores internos, agora que o PSD "está a crescer".
"Depois de uma vitória política nas autárquicas", os seus críticos, num espaço de 15 dias, querem "tentar destruir tudo o que o partido conseguiu", atirou o líder social-democrata.