As autoridades do Quirguistão anunciaram esta quarta-feira que vão banir a popular plataforma de vídeos TikTok no país, por "causar adição" e "efeitos nocivos" na saúde mental das crianças.
Em comunicado, o Ministério da Cultura disse ter recebido nos últimos tempos "frequentes mensagens" de organizações a expressarem a sua preocupação quanto aos "efeitos nocivos" do uso da app pelos mais novos.
"É sabido que o TikTok submerge o utilizador num mundo virtual de clips curtos. Após visualizá-los, os adolescentes tentam repercutir certos vídeos, alguns deles que representam risco de vida", lê-se na nota.
O Governo do Quirguistão acusa ainda a plataforma de falhar nas restrições de conteúdos considerados "danosos para a saúde e o desenvolvimento das crianças".
O TikTok ainda não reagiu ao anúncio.
Nos últimos meses, países como o Reino Unido e França já tinham decidido impor controlos à rede social devido aos seus potenciais impactos em crianças.
No Quirguistão, a proibição do uso do TikTok surge no contexto de tentativas de interferência em media independentes, no que diferentes grupos de ativistas denunciam como ataques à liberdade de expressão no país.
O TikTok, que tem cerca de mil milhões de utilizadores mensais, tem enfrentado restrições em vários países por alegadas violações das regras de proteção de dados, e foi já banido também na Índia.
No Ocidente, a app tem lidado ainda com cristicismo e crescente escrutínio pelas suas ligações à China, dado que o proprietário da rede social, o ByteDance, é chinês. A empresa continua a defender que não está sob controlo direto de Pequim.