Francisco Assis diz que "não faz sentido nenhum" estar a discutir as eleições presidenciais nesta altura.
O atual presidente do Conselho Económico e Social tem sido apontado como um dos principais nomes do universo socialista que pode entrar na corrida a Belém, mas à Renascença, considera que não faz sentido estar a discutir os nomes a esta distância de 2026 e diz haver questões mais importantes em que o país se deve concentrar.
“Estamos a quase três anos das eleições e o país tem os problemas e as questões que se colocam, em que nos devemos concentrar. Eu nunca falei em nomes, nem vou falar em nomes nos próximos tempos”, diz o presidente do Conselho Económico e Social.
Assis diz que não é ele quem decide quando devem ser feitos estes debates, mas pessoalmente recusa intrometer-se.
"Todos os debates são possíves, mas eu não devo envolver-me nesse debate, falando em qualquer nome em concreto, o meu ou de qualquer outra pessoa", considera o presidente do CES.
Baixar impostos "é sempre desejável", mas sem "leilões"
Relativamente às Finanças, e em vésperas de Orçamento do Estado, Francisco Assis acredita que o Governo deve tentar diminuir os impostos. O tema tem estado em debate desde que o PSD fez uma proposta para a redução no IRS, durante a Festa do Pontal, na reentré social-democrata.
O antigo deputado socialista concorda com a proposta apresentada pela oposição, mas alerta que não deve haver uma competição nesta matéria.
“É sempre desejável a redução dos impostos, mas também não podemos entra numa competição a ver quem é baixa mais os impostos em Portugal", refere.
De visita ao Brasil, com o Conselho Económico e Social brasileiro - extinto por Bolsonaro e resgatado por Lula da Silva- Francisco Assis admite estar preocupado com a vulnerabilidade com que muitos imigrantes brasileiros chegam a Portugal.
"É uma matéria de preocupação. No caso do Brasil, sendo a maior comunidade imigrante em Portugal, e com quem temos uma grande afinidade, não está livre de problemas", assume o presidente do CES.
Francisco Assis fala ainda das políticas de imigração, defendendo que é obrigatório Portugal ter uma política séria, rigorosa e humanista.
“Creio que há um consenso geral no pais no sentido de favorecer a adoção de medidas que façam com que essa politica humanística se concretize plenamente”, comenta o socialista.