O padre Jardim Moreira, presidente do núcleo de Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza, evoca o exemplo de firmeza na fé de Bento XVI e destaca a “humildade” e a “coragem evangélica” do Papa emérito.
Para o sacerdote da diocese do Porto, a resignação de Bento XVI em 2013 foi um ato de “coragem evangélica e de humildade de quem reconhece que só devemos estar na Igreja para servir de forma mais eficaz”.
“Foi um homem que, na passagem pelo seu pontificado, deixou a mensagem clara que ser pontifície na Igreja é um serviço. E que quando não se sente capaz de o fazer, o melhor é dar lugar a quem o faça”, resume.
Para o Padre Jardim Moreira, a coragem de Joseph Ratzinger ficou, ainda, bem patente quando assumiu “que os inimigos estão dentro da Igreja”, recorda. “Isto foi de uma coragem enorme”, destaca o sacerdote que lembra que, na altura das declarações do Papa emérito, “havia grandes tensões no Vaticano”. (..) “Penso que isto é uma postura que não envelhece”.
O responsável nacional pela rede europeia anti pobreza destaca, também, o exemplo de “fidelidade e de firmeza” na fé de Bento XVI a seguir por todos os católicos.
“A fidelidade de Bento XVI é de quem confia plenamente em Deus. Ele foi inquebrantável, foi fiel e firme. Isso é o que devem todos os católicos seguir: sermos firmes na verdade, firmes no Evangelho e não duvidarmos da postura que Deus dá ao homem e que Deus deu a este homem Bento XVI”.