O CDS quer que o ministro da Defesa vá ao Parlamento dizer o que já sabe sobre os inquéritos ao desaparecimento de armas dos Paióis Nacionais de Tancos, disse à agência Lusa o deputado João Rebelo.
"O ministro deve regressar ao Parlamento. Esteve em Julho e as informações que nos deu foram muito escassas, refugiou-se constantemente no 'não sabia nem era minha responsabilidade’", afirmou o deputado do CDS, que continua a defender que Azeredo Lopes não tem condições para estar no cargo.
João Rebelo considerou "absolutamente desastrosa" a entrevista do ministro ao Diário de Notícias e TSF hoje divulgada, em que, referindo-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão, Azeredo Lopes admite que, "no limite, pode não ter havido furto nenhum", frisando que o inquérito em curso ainda não tem conclusões definitivas.
"Está a especular, não tem certezas, portanto especula sobre um assunto que consideramos preocupante", criticou o deputado do CDS, referindo que a Comissão Parlamentar de Defesa pediu informações sobre o inquérito que está a ser feito pela Polícia Judiciária Militar e ainda não recebeu nada.
As condições em que terá ocorrido o furto, a lista exacta do material em falta e as condições em que estava a ser feita a vigilância são algumas das respostas que o CDS quer do Governo.
Na reunião da comissão que está marcada para terça-feira, o CDS vai propor que seja acrescentado um tópico à agenda da deslocação do ministro agendada para dia 20 deste mês.