Carta anónima denunciou encenação de recuperação de armas de Tancos
30-09-2018 - 10:02

Não foi por acaso que a Polícia Judiciária descobriu o esquema, embora já suspeitasse de encobrimento, segundo a edição de domingo do Diário de Notícias.

Terá sido uma carta anónima a denunciar o plano para encobrir os assaltantes das armas de Tancos.

A notícia é avançada pelo Diário de Notícias deste domingo, que dá conta que a Polícia Judiciária não chegou por acaso à conclusão que o aparecimento das armas na Chamusca se tratou de uma encenação.

Segundo o jornal, o caso foi denunciado por uma carta anónima muito pormenorizada, que indicava que elementos da Polícia Judiciária Militar e da GNR tinham mudado as armas roubadas de local, para encobrir o envolvimento no furto de um ex-militar.

As armas, que segundo a imprensa estavam inicialmente guardadas na casa da avó do suspeito, acabariam por ser encontradas numa propriedade na Chamusca, que não tem qualquer ligação ao presumível autor do assalto.

A Polícia Judiciária viu assim confirmadas as suspeitas que já tinha sobre a recuperação do material.

Na sequência da investigação da PJ foram detidos quatro elementos da PJM, incluindo o seu diretor, e ainda três elementos da GNR de Loulé, para além do próprio suspeito do assalto.