Roger Stone, conselheiro e amigo do Presidente norte-americano, Donald Trump, foi esta quinta-feira condenado a três anos e quatro meses de prisão.
O conselheiro de Trump estava acusado de mentir perante o congresso na investigação à interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.
Recebeu 40 meses de prisão por obstrução, 12 meses por falsas declarações e 18 meses por Intimidação a testemunhas. Terá também de pagar uma multa de 20 mil dólares, o equivalente a 18,5 mil euros.
As mentiras de Roger Stone, que foi detido em janeiro de 2019, são uma “ameaça para a democracia”, disse a juíza federal Amy Berman Jackson durante a leitura da sentença.
A investigação e a acusação não tiveram nada de “injusto, falso ou vergonhoso”, afirmou a juíza, contrariando declarações públicas de Donald Trump.
Roger Stone “esteve envolvido em ameaças e intimidação contra o tribunal”, uma atuação “intolerável para a administração da Justiça”, afirmou a juíza federal Amy Berman Jackson.
O julgamento ficou marcado por intervenções públicas de Donald Trump em defesa do seu conselheiro de longa data.
O Ministério Público tinha pedido, inicialmente, uma pena entre 7 e 9 anos de prisão, mas recuou depois de críticas do Presidente norte-americano.
A declarações de Trump sobre o caso levaram o procurador-geral William Barr que os “tweets” do Presidente tornam o seu trabalho "impossível”.