Monchique quer resposta rápida aos agricultores atingidos pelo fogo
22-08-2018 - 13:41

No dia em que o Governo anunciou a abertura do processo de candidaturas a apoios, a autarquia pedem que o Ministério da Agricultura não espere pelo final do prazo para começar a dar respostas.

Veja também:


O presidente da Câmara de Monchique, Rui André, pede ao Governo rapidez na atribuição de apoios aos agricultores afetados pelo fogo.

Em declarações à Renascença, o autarca pede que os pedidos sejam imediatamente analisados, no dia em que abriu um processo de candidaturas no valor de cinco milhões de euros.

“O número que foi apresentado pelo Governo, penso que resultado levantamento que tem sido feito nos últimos dias. Se chega ou não, penso que há abertura para que seja aumentado. Mais do que o valor, o que interessa neste momento é que sejam rapidamente abertos os concursos, que os processos sejam automaticamente analisados e se possa disponibilizar o dinheiro às pessoas”, afirma Rui André.

O prazo para os agricultores afetados pelo incêndio de Monchique apresentarem candidaturas termina no final de setembro.

O presidente da Câmara de Monchique considera que o prazo não é demasiado alargado, “é razoável”, mas defende que os processos devem começar logo a ser analisados e a obter respostas.

“Penso que seja o tempo razoável. O que eu sugiro e acho que era importante é que, assim que as candidaturas começarem a chegar, que elas possam ser imediatamente analisadas e decididas. Não esperar pelo fim de setembro. É uma sugestão para tornar mais ágeis estes processos”, sublinha o autarca.

O Governo anunciou esta quarta-feira a abertura de candidaturas, até final de setembro, para apoiar com cinco milhões de euros os agricultores afetados pelos incêndios de Monchique, Odemira, Portimão e Silves, visando a reposição de animais e culturas.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura informa que "estão já abertas as candidaturas aos apoios disponibilizados pelo Governo para minimizar os prejuízos sofridos pelos agricultores, na sequência do incêndio que atingiu os concelhos de Monchique, Odemira, Portimão e Silves, entre os dias 3 e 11 de agosto".

Ao todo, estão disponíveis cinco milhões de euros "para dar resposta a prejuízos de agricultores das freguesias afetadas pelo incêndio", visando assim "a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio à atividade agrícola", indica a tutela.

Segundo o executivo, podem concorrer a este apoio os agricultores que tenham feito investimentos entre 100 e 800 mil euros, sendo apoiados em 100% os que aplicaram 5.000 euros, em 85% os que investiram entre 5.001 e 50.000 euros e em 50% os investimentos entre 50.001 e 800.000 euros.