Confirma-se a existência de uma vítima mortal por ‘legionella” em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos.
A informação foi inicialmente avançada pelo jornal Correio da Manhã e já confirmada à Renascença pela ARS Norte, através de um comunicado.
“No concelho de Matosinhos foi identificado um cluster, com provável origem ambiental num Estabelecimento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), tendo sido confirmados, até à data, dois casos, registando-se um óbito, e implementadas as medidas de controlo do cluster”, lê-se no documento.
A ARS Norte adianta que “tendo em conta que o período de incubação pode ser de até 14 dias (sendo o mais comum de 5-7 dias), as autoridades continuarão a monitorizar o surgimento de eventuais novos casos”.
O esclarecimento da ARS Norte indica ainda que as Autoridades de Saúde locais, em articulação com a Autoridade de Saúde Regional, encontram-se a desenvolver a investigação epidemiológica e ambiental, “de acordo com as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), determinando as medidas de saúde pública, ajustadas e proporcionais, à avaliação de risco, permanecendo atentas à evolução da situação”.
“Serão tomadas as medidas adicionais que se revelem necessárias, em estreita colaboração com a DGS”, acrescenta a nota.
Esta quinta-feira, a Escola Básica de Leça do Balio
informou, em comunicado, o encerramento das instalações, devido a anomalias nas
análises da água, não sendo possível até ao momento confirmar se há relação com
o caso do lar onde foi detetada “legionella”.
A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.