O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) cumpre esta quarta-feira, dia em que a Igreja celebra a festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz, um dia de oração pela paz na Ucrânia, unindo todos os católicos europeus.
A iniciativa que envolve todas as Conferências Episcopais da Europa foi proposta pelo lituano que preside ao CCEE, o arcebispo de Vilnius.
Em comunicado enviado à Renascença, a CCEE destaca que “a adoração eucarística é a forma comum de oração escolhida para esta iniciativa: auxílios litúrgicos e esquemas de oração foram preparados para este evento em todas as Conferências Episcopais da Europa”.
“Pastores e fiéis vão rezar de joelhos diante do Santíssimo Sacramento para invocar a paz para a Ucrânia, unindo-se ao Papa Francisco que pede ‘que cada um seja um construtor da paz e reze para que pensamentos e projetos de concórdia e reconciliação possam espalhar-se pelo mundo’”, lê-se no documento.
Os bispos europeus têm unido, por diversas vezes, a sua voz à do Papa pedindo que se silenciem as armas, e “imediatamente acabem com a guerra na Ucrânia e trabalhem pela paz”.
Apelaram também aos “líderes das nações e da comunidade internacional para que fizessem tudo que está ao seu alcance para acabar com a guerra atual, que está a destruir vidas e a causar sofrimento incalculáveis”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou esta quarta-feira no seu 203.º dia, 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.