As associações de futebol da Zona Centro estão disponíveis para receber parte dos jogos das dez jornadas que estão por realizar na I Liga e na II Liga, competições suspensas devido à pandemia de Covid-19. A opção de concentrar os jogos numa região, apresentada pela Federação Portuguesa de Futebol, será também avaliada pela Direção-Geral da Saúde e pelo Governo, antes de ser tomada uma decisão sobre se o futebol profissional é retomado, ou se a época termina antecipadamente.
O presidente da AF Leiria considera que as autoridades devem olhar para outras soluções, porque concentrar todos os jogos numa só zona é, na sua opinião, "impossível". Nesse sentido, as associações de Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Viseu elaboraram uma proposta conjunta, disponibilizando seis estádios: os estádios do Euro 2004 (Coimbra, Leiria e Aveiro) e os palcos de Abrantes, Rio Maior e Tondela.
A estes estádios, sugerem, deverão juntar-se outros de outra zona do país. O Algarve já se disponibilizou para receber a reta final da época, mas Manuel Nunes "mesmo assim [com Algarve e Zona Centro juntas], será difícil que os relvados estejam nas melhores condições para receberem um elevado número de jogos".
Nesta entrevista à Renascença, o presidente da AF Leiria, defende a consideração da proposta apresentada, porque a região tem as instalações necessárias, "é servida por autoestradas e tem hospitais, caso exista uma situação de emergência".
Os campeonatos profissionais em Portugal foram suspensos após a 24.ª jornada. A Liga, caso as autoridades de saúde e o Governo validem a possibilidade de se terminar a época, tem planos para reiniciar o campeonato no início de junho. A UEFA, que apelou às federações e ligas nacionais que tentem terminar as épocas, estipulou 25 de maio como data limite para apresentação dos planos de retoma, ou anúncio de fim antecipado da temporada.
Apelo à Federação para baixar valores de inscrições de atletas
Nesta entrevista a Bola Branca, o presidente da Associação de Futebol de Leiria revela que o desejo de todas as associações é que a Federação Portuguesa de Futebol “consiga baixar o valor da inscrições dos atletas para a próxima época, assim com reduzir o prémio do seguro desportivo”, de forma a ajudar os clubes a regressarem “com o mesmo número de atletas que tinham” aquando da paragem forçada.
Manuel Nunes entende que os clubes devem aproveitar esta pausa para se “regenerarem” de forma a garantir o futuro.