Por uma vez de acordo: António Costa concorda com o líder da oposição, Luís Montenegro, sobre a indicação do seu nome para um cargo europeu ser um "fait divers".
Em conferência de imprensa, após o Conselho Europeu em Bruxelas, o primeiro-ministro garante que a fonte das notícias recentes, a dar conta de que o seu nome estaria a ser muito falado na UE para assumir um cargo europeu após as eleições europeias de 2024, não foi o PS.
“Um ‘fait divers’ é um ‘fait divers’, mas os senhores jornalistas, que dão as notícias, é que sabem quem são as vossas fontes. Eu percebo que não as revelem, mas sabem bem que as fontes não são o PS”, disse o primeiro-ministro no final do Conselho Europeu, que decorreu em Bruxelas.
Quanto à sua decisão, está tomada. António Costa considera que as suas respostas já foram mais do que esclarecedoras: “Mas quantas vezes é que tenho de responder à mesma pergunta. Não sei bem o que é que ainda não foi compreendido”, frisou.
Sobre o abrandamento na inflação, o primeiro-ministro diz que os resultados de Portugal são positivos.
“O que importa reter é que, felizmente, estamos no bom sentido, no bom sentido que continuamos a crescer, no bom sentido em que o INE também disse que estamos no máximo histórico do emprego e também no bom sentido que continuamos a ver reduzir a inflação”.
Questionado se é possível fazer mais para descer a inflação, que é o dobro de Espanha, o primeiro-ministro responde: “Sim, acho que brevemente apanharemos a Espanha”.