A Direção da Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP) diz que "não mais tem interesse" em colaborar com o Estado na certificação de judeus sefarditas, segundo um comunicado enviado à Renascença.
A CIP/CJP relembra uma proposta, apresentada durante a legislatura do Governo de Passos Coelho, no sentido de ser constituída uma comissão internacional para colaborar nesta certificação, dando a entender que terá de ser este o caminho a seguir.
Mesmo assim, a Comunidade garante que continuará a "desenvolver-se em todas as suas dimensões estatuárias".
No mesmo comunicado, a Direção garante que só recebeu o valor de 250 euros de Roman Abramovich "o que ninguém conseguirá refutar".
A CIP/CJP aponta, ainda, que "é uma autoridade religiosa reconhecida pelo Rabinato-Chefe de Israel, com todas as competências para cumprir tal missão, dado que ser judeu é uma genealogia, algo que ninguém parece compreender em Portugal".
O rabino da Comunidade Israelita do Porto e um membro da direção da comunidade são suspeitos de quatro crimes: trafico de influência, fraude fiscal e branqueamento e falsificação de documentos.
Este sábado, o Expresso noticiou que também está a ser investigada a atribuição da nacionalidade portuguesa ao dono da Altice, Patrik Drahi.
Sobre o processo que envolve o multimilionário russo Abramovich, o comunicado adianta ainda que foram ontem entregues às autoridades provas documentais.