Pelo menos 104 pessoas morreram, incluindo oito polícias, foram mortas e mais de 6.000 ficaram feridas durante os protestos em Bagdad e no sul do país, segundo o último balanço feito pelo porta-voz do Ministério da Administração Interna.
O general Saad Maan esclareceu que mais de 1.200 elementos das forças de segurança ficaram feridos nos confrontos.
O balanço anterior apontava para 99 mortos e perto de 4.000 feridos.
As manifestações espontâneas de jovens iraquianos exigindo empregos e o fim da corrupção endémica no país degeneraram em confrontos, tendo a Amnistia Internacional (AI) denunciado o recurso a munições reais por parte das autoridades para dispersar os contestatários.
O Governo iraquiano anunciou um decreto com 17 medidas sociais em resposta às reivindicações dos manifestantes e para tentar acabar com a contestação, que vão da ajuda ao alojamento à atribuição de pensões aos jovens sem emprego.
Num conselho extraordinário, o Governo de Adel Abdel Mahdi aprovou ajudas de 175.000 dinares (à volta de 136 euros) durante três meses para 150.000 desempregados e pessoas sem possibilidade de trabalhar e decidiu lançar um programa de formação para 150.000 desempregados.
Foi ainda decidida a construção de 100.000 habitações, depois de em setembro as autoridades locais de várias regiões do país terem iniciado a destruição de casas situadas em bairros clandestinos, onde vivem três milhões de iraquianos, que construíram sem autorização em terrenos do Estado.
O executivo ordenou também a instalação de espaços para os vendedores ambulantes, numa tentativa de criar empregos, nomeadamente entre os jovens, dos quais um quarto está desempregado no Iraque.