É com “alegria e enorme responsabilidade” que é celebrado o centenário do jornal “Voz da Fátima”. É desta forma que o reitor do Santuário de Fátima vê este momento em que é inaugurada em Sintra, no NewsMuseum uma exposição que conta a história deste que é o mais antigo projeto de comunicação do Santuário de Fátima.
Em entrevista à Renascença, à margem da inauguração, o reitor do santuário, padre Carlos Cabecinhas, aponta que “Voz da Fátima” é um “canal de comunicação particularmente significativo” para o Santuário e que por isso, quiseram que as comemorações do seu centenário não ficassem cingidas a Fátima.
No NewsMuseum é agora mostrado um documentário que conta a história deste jornal cuja primeira edição saiu a 13 de outubro de 1922. Para o padre Carlos Cabecinhas, levar esta exposição a este museu reveste-se também de simbolismo porque “o NewsMuseum desde o início dedicou algum espaço a Fátima, permitiu que Fátima aparecesse como um campo privilegiado de divulgação de notícias”.
“Voz de Fátima continua a ser a voz oficial do Santuário” observa o reitor que nesta entrevista fala também da importância do papel dos órgãos de comunicação social da igreja. Segundo o padre Carlos Cabecinhas, eles “permitem uma leitura cristã sobre o mundo e sobre a sociedade”.
Questionado sobre esse papel dos media da Igreja nos tempos que vivemos, o reitor do Santuário de Fátima afirma: “É uma missão a que a Igreja nunca pode fugir. A leitura cristã dos tempos que vivemos é sempre importante e neste momento concreto, reveste-se de uma urgência maior. Vivemos tempos conturbados, difíceis, tempos que criam muitas dúvidas e em que uma leitura cristã da realidade acaba por ser fundamental. Essa é a missão dos órgãos de comunicação social da Igreja”.
Sobre a edição de “Voz da Fátima”, Cabecinhas revela que desempenha essa missão “ao seu modo”, mas o reitor do Santuário acrescenta que “todos os órgãos de comunicação social da Igreja são chamados a essa mesma leitura, a partir da realidade desses órgãos, do seu âmbito e da sua dimensão”, conclui.