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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta segunda-feira que o Governo está a fazer tudo para evitar um regresso ao confinamento.
“Todo o esforço que estamos a fazer é para evitar a possibilidade de um novo confinamento, como, aliás, as próprias autoridades de saúde da OMS vieram dizer nos últimos dias.”
“Obviamente que o confinamento é tudo o que não queremos e evitá-lo é tudo para o qual trabalhamos, para aliviar a pressão ao nível dos Serviços de saúde e, a montante, ao nível da interrupção de cadeias de transmissão e reforço de recursos humanos ao nível da Saúde Pública”, acrescentou.
Lacerda Sales concluiu então dizendo que “estamos a trabalhar para podermos afastar essa ideia e isso, garantidamente não deverá acontecer.”
“Ainda vamos a meio”
Ainda durante a conferência de imprensa, o secretário de Estado avisou esta segunda-feira que a luta contra a pandemia “é longa e ainda vamos a meio do percurso”.
Durante a habitual conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde o governante deixou ainda a garantia de que não haverá um regresso ao confinamento.
Depois de cinco dias seguidos em que os números de novas infeções ultrapassam os mil casos diários, Lacerda Sales reconheceu que há muito trabalho pela frente, mas salientou também que há boas notícias.
“Todos os dias há também boas notícias. Por exemplo, 80% dos profissionais de saúde infetados em Portugal já recuperaram. De todas as pessoas internadas desde o início da pandemia, 10% necessitaram de UCI e essa proporção é mais alta nos episódios de internamento de pessoas entre os 40 e os 80 anos, variando entre os 14 e os 21%. A percentagem de doentes internados com passagem em UCI foi mais alta em março, atingindo o valor de 18% e depois estabilizou nos meses seguintes, estabilizando nos 10%”.
Para que continue a haver boas notícias, continuou o secretário de Estado, o Governo está a investir na vacinação contra a gripe sazonal, para conseguir a maior cobertura de sempre, minimizando assim a coexistência entre a Covid e a gripe.
Confrontado pelos jornalistas com a pressão sobre os hospitais e os serviços de cuidados intensivos, Lacerda Sales diz que não é caso para alarme, pois ainda há margem de progressão e podem ativar-se hospitais de retaguarda, ou mesmo hospitais de campanha, se for necessário.
Portugal voltou a registar esta segunda-feira mais de mil
novos casos de Covid-19 e 14 mortes por causa da doença. É o quinto dia consecutivo
em que o número de novos casos ultrapassa o milhar.
EVOLUÇÃO DA COVID-19