A partir de 6 de janeiro, a Metro do Porto vai disponibilizar duas novas composições com bancos longitudinais que irão acomodar “mais gente, com mais conforto” e “menos tempo de paragem”, anunciou esta segunda-feira a empresa.
"Trata-se de um projeto-piloto que estamos a desenvolver em colaboração com a ESAD [Escola Superior de Artes e Design]. Teoricamente, a nova configuração destas duas composições permite aumentar quatro lugares, mas o mais importante é a maior capacidade de acomodação, a maior fluidez e menos tempo de paragem, que é importante para a operação", disse Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, na cerimónia que assinalou os 70 milhões de clientes da empresa em 2019.
Com um crescimento de 13% de clientes desde abril, altura em que entrou em vigor o PART -- Programa de Apoio à Redução Tarifária --, a empresa vai ainda arrancar, em 2020, com o projeto para alterar o término da linha amarela no Hospital de São João, com vista a aumentar de 11 para 16 o número de "veículos por hora em hora de ponta", acrescentou o responsável.
Quanto aos dois veículos que entram ao serviço no próximo mês, o presidente da Metro do Porto esclareceu que vão servir de teste, sendo intenção da empresa "fazer a alteração para toda a frota de Eurotram", se os clientes ficarem satisfeitos com a mudança.
"A mudança aumenta muita área disponível. Vamos ter mais capacidade de acomodar mais gente com mais conforto. Atualmente, quando nos dizem que há sobrelotação, essa perceção acontece quando o veículo tem uma ocupação de 80%, porque há ocupação incorreta do espaço disponível", descreveu.
Quanto às propostas para as empreitadas da nova linha rosa, no Porto, e do prolongamento da linha amarela em Vila Nova de Gaia até Vila d' Este, o responsável disse esperar que sejam entregues até 18 de fevereiro, com a perspetiva de arrancar com as obras em junho de 2020 e, "até 2023, estar em condições para começar a operação comercial".
Na companhia do Ministro do Ambiente, Tiago Braga destacou o número "absolutamente extraordinário" de transporte de 70 milhões de clientes "desde o início de 2019", no 17.º ano de operação da empresa.
"As melhores estimativas para o melhor cenário apontavam para 60 milhões. Estamos com 10 milhões a mais", frisou.
A empresa chinesa CRRC Tangsthan venceu o concurso para entregar 18 novas composições à Metro do Porto, por 49,6 milhões de euros, menos 6,5 milhões do que o valor base do procedimento.
Atualmente, a frota da Metro do Porto é constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train e empresa opera em sete concelhos, com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações.