O antogo primeiro-ministro e líder socialista José Sócrates apresenta queixa contra o Ministério Público e contra a Caixa Geral de Depósitos.
A informação consta de uma carta enviada à Procuradoria-Geral da República, na qual Sócrates contesta a divulgação, na estação de televisão SIC, de uma investigação sobre o contrato de trabalho do antigo líder socialista com uma empresa internacional.
"Esta carta deve ser considerada como uma denúncia. Denúncia
contra desconhecidos que, no Ministério Público, divulgaram junto do jornalista
o meu contrato e a notícia de uma investigação", lê-se na missiva.
José Sócrates considera que "pouco importa que não haja suspeita, pouco importa que não haja fundamento, pouco importa que não haja motivo. A razão de investigação sou eu – trata-se de perseguir um alvo, não de investigar um crime".
"Quem tem o menor respeito pelo Estado de Direito condena esta violência e esta covardia. Os vossos métodos, Senhora Procuradora, são repugnantes", acrescenta.
No que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos, Sócrates apresenta "queixa formal contra os responsáveis do banco Caixa Geral de Depósitos por denúncia caluniosa".
"Dei conhecimento ao banco de todas as informações sobre o contrato e já não sou 'pessoa a politicamente exposta' pela razão que é fácil de compreender - deixei de exercer funções publicas há cerca de doze anos. Assim sendo, tenho todas as razões para suspeitar que a atuação do banco foi politicamente motivada", argumenta o antigo governante.
Segundo a SIC, o antigo primeiro-ministro voltou a ser investigado pelo Ministério Público já depois de ser acusado no âmbito da ‘Operação Marquês’. Na origem das investigações estiveram alegadas transferências avultadas que terá recebido.