O ministro das Infraestruturas, João Galamba, rejeita falta de articulação com o Ministério das Finanças na demissão da ex-CEO da TAP Christine Oumières-Widener e diz que o deputado André Ventura, do Chega, "está a ler mal" a informação facultada ao Parlamento.
Na comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, André Ventura referiu um email da chefe de gabinete de João Galamba, para questionar se houve falta de articulação entre os dois ministérios.
“Não vou comentar documentos classificados. Reporto-me à explicação do meu chefe de gabinete que disse que a falta de articulação era no passado e não é nada que se tenha passado entre o Ministério das Infraestruturas e o Ministério das Finanças, como foi ontem explicado pela minha chefe de gabinete. O sr. deputado está a ler mal isso. Isso não é sobre a articulação entre Galamba e Medina. É sobre a coordenação do meu antecessor com as Finanças", declarou o ministro.
João Galamba argumenta que a "articulação" que se refere a chefe de gabinete num email "tem a ver com as falhas detetadas aquando da saída da administradora Alexandra Reis, que levaram a assunção da responsabilidade política de dois governantes que se demitiram na sequência desse facto".
O ministro das Infraestruturas afirma que “a articulação foi total e absoluta” com o Ministério das Finanças na demissão da ex-CEO da TAP e acredita que há razões para justa causa, por violação do estatuto de gestor público na indemnização de Alexandra Reis.
André Ventura perguntou também se a ex-CEO da TAP mentiu no Parlamento quando disse que iniciativa do encontro com deputados do PS foi do Ministério das Infraestruturas. João Galamba rejeitou essa ideia.
“Que eu me lembre da declaração da ex-CEO da TAP, ela disse: ‘segundo me recordo’. Não considero que tenha mentido na comissão de inquérito” A CEO disse: 'tanto quanto se lembrava'. É essa a memória que eu tenho da intervenção. Não desminto [Christine Oumières-Widener]. As duas declarações não são contraditórias. A CEO da TAP desvalorizou sempre aquela reunião", declarou João Galamba.