Marcelo: vai haver Orçamento "sem solavancos nem crises"
09-10-2017 - 17:29

Presidente diz não estar "preocupado com a hipótese de não haver Orçamento do Estado".

O Presidente da República mostrou-se esta segunda-feira confiante que haverá Orçamento do Estado para 2018 "sem solavancos nem crises" na política portuguesa, após ter ouvido os partidos políticos com assento parlamentar.

Questionado pelos jornalistas sobre possíveis efeitos das eleições autárquicas nas negociações do Orçamento do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu directamente à questão, mas referiu que termina esta segunda-feira, com a UGT, as audições dos partidos e dos parceiros económicos e sociais.

"Aquilo que eu retirei da audição dos partidos é que vai haver Orçamento do Estado, no prazo previsto, e não haverá, portanto, nem solavancos nem crises a propósito do Orçamento do Estado na política portuguesa", afirmou o chefe de Estado, no final de uma cerimónia no Museu João de Deus, em Lisboa.

O Presidente da República ressalvou que o Orçamento do Estado só deverá chegar às suas mãos em Dezembro e que tem de "esperar para ver qual é o conteúdo do Orçamento antes de avançar para a sua promulgação".

Marcelo Rebelo de Sousa disse, contudo, não estar "preocupado com a hipótese de não haver Orçamento do Estado".

Nas mesmas declarações aos jornalistas, o Presidente da República afirmou que espera que a legislatura se cumpra até ao fim, com um Governo "reformista" e uma oposição "forte", capaz de o substituir, se os portugueses assim decidirem, em 2019.

Marcelo escusou-se a comentar directamente os resultados das eleições autárquicas e a situação do PSD, após o anúncio da saída de Pedro Passos Coelho. Contudo, defendeu que é importante, "e agora mais do que nunca, que a legislatura se cumpra, que o Governo seja forte e mude aquilo que tem de mudar, isto é, tenha um espírito reformista, e que a oposição seja forte e se constitua como alternativa de Governo".

O chefe de Estado reforçou esta mensagem, afirmando que deve haver, "de um lado, um poder político forte e, do outro lado, uma oposição igualmente forte, em condições de poder substituir, se for essa a vontade dos portugueses, quem está no Governo em 2019".