O tempo médio de espera para doentes urgentes era, às 17:45, inferior ao registado no início da manhã na maioria dos principais hospitais das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde.
Os dois hospitais que registavam os tempos médios de espera maiores às 08:30, o hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e o hospital Amadora-Sintra, ambos no distrito de Lisboa, estavam às 17:45 com nove horas e 39 minutos e sete horas e um minuto, respetivamente, quando, de manhã, registavam mais de 11 horas de espera.
Segundo os dados consultados pela agência Lusa, às 17:45 o tempo médio de espera para doentes urgentes (com pulseira amarela) no serviço de urgência geral no hospital Beatriz Ângelo era de nove horas e 39 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos, tendo 40 utentes com essa classificação à espera de serem atendidos.
De manhã, o mesmo hospital registou uma espera de cerca de 14,5 horas, mantendo-se, ao final da tarde, como a unidade com o tempo médio mais elevado, apesar da redução registada.
Os doentes listados no portal do SNS como estando em espera incluem os que aguardam primeiro atendimento e os que aguardam resultados de exames realizados após atendimento.
No hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), o tempo médio de espera passou de 11 horas e 25 minutos (às 08:30) para as pulseiras urgentes para sete horas e um minuto (às 17:45).
Também o hospital Santa Maria, em Lisboa, e o hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, reduziram os tempos médios de espera, de acordo com os dados consultados pela agência Lusa no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Já o hospital São Francisco Xavier, também em Lisboa, que de manhã cumpria o tempo médio estimado pelo sistema de Manchester (registava 13 minutos), às 17:45, estava com seis utentes e um tempo de espera de duas horas e 44 minutos, e o hospital pediátrico D. Estefânia registava um ligeiro aumento de 37 para 43 minutos.
Na região do Porto, o hospital de São João também viu o tempo de espera reduzir de três horas e 20 minutos (08:30) para uma hora e 33 minutos (17:45), com 17 utentes, assim como o hospital de Santo António, que passou de 31 minutos para 27 minutos (com duas pessoas em espera).
Já o hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, registava, às 17:45, cinco utentes com pulseira amarela, aumentando o tempo de espera da manhã de uma hora e dez minutos para uma hora e 31 minutos. .
O hospital de Vila Nova de Gaia, sem nenhum utente em espera, cumpria, às 17:45 o tempo estimado pelo sistema de Manchester, depois de na manhã de hoje ter registado uma espera de uma hora e 51 minutos. .
No resto do país, o hospital da Universidade de Coimbra (59 minutos), Viseu (14 minutos), Guarda (oito minutos), Vila Real (43 minutos), Bragança (14 minutos) e Faro (14 minutos), cumpriam aquilo que é o tempo recomendado de espera doentes urgentes (60 minutos).
Já os hospitais de Portimão (quatro horas e dois minutos), Beja (uma hora e 23 minutos), Évora (uma hora e 29 minutos) e Leiria (uma hora e um minutos) não cumpriam, às 17:45, o tempo médio recomendado.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).