Um estudo sobre o desempenho térmico e pobreza térmica, realizado pela Lisboa E-Nova - Agência de Energia e Ambiente de Lisboa, conclui que 40% dos residentes em Lisboa admitem sentir frio em casa no inverno.
Segundo o Diário de Notícias (DN), que cita o estudo, o valor sobe para 52% em termos do calor sentido nas residências da capital no verão.
De acordo com os dados preliminares, os inquiridos referem que quer o frio quer o calor excessivos no interior das suas habitações afetam negativamente a saúde, nomeadamente a qualidade do sono.
Já no que toca à forma como os lisboetas tentam combater o frio ou o calor nas suas casas, os resultados apontam o uso de roupa mais quente ou a abertura de janelas e estores antes de recorrem a aparelhos de climatização.
Segundo a responsável da Lisboa E-Nova, citada pelo DN, cerca de 1/3 dos inquiridos reportam usar o aquecedor a óleo para combater o frio e a mesma percentagem indica recorrer às ventoinhas para contornar o calor.
Ainda segundo o estudo, 59% dos residentes na capital identificam alguma situação de ineficiência construtiva nas suas habitações. As mais apontadas são a humidade (31%), entrada de ar através de portas e janelas (29%), fraco isolamento térmico das paredes (20%) e da cobertura (14%).
Já no Porto, cerca de 40% dos residentes refere desconforto em relação à temperatura em casa durante o inverno, enquanto 23% manifestam desagradado com a temperatura em casa no verão.
No estudo sobre o desempenho térmico e a pobreza energética levado a cabo na Invicta pela AdEPorto-Agência de Energia do Porto mostra-se que 47% dos inquiridos identificam alguma situação de ineficiência construtiva nas suas habitações, sendo as mais apontadas a infiltração excessiva de ar pelas portas e janelas, a presença de humidade e o fraco isolamento térmico das paredes.