O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, admite alguma expectativa em torno das escolhas da Comissão Independente sobre o novo aeroporto de Lisboa, mas sublinha que Beja já tem uma realidade específica.
"A expectativa temos sempre alguma, mas, independentemente da escolha, as valências do aeroporto de Beja manter-se-ão intactas e vão continuar cá. E são fundamentalmente na área da manutenção aeronáutica, na questão da carga aérea e servir como apoio e complemento a Lisboa e cada vez mais a Faro."
Para que isso se concretize, a autarquia e a sociedade civil tâm-se batido pela melhoria das ligações ferroviárias, essenciais para que o aeroporto de Beja, em termos de carga e de passageiros, "possa ter uma expressão maior, com a Linha Ferroviária Beja-Ourique, com uma ligação direta a Faro e outra a Sines".
Também o presidente da Camara de Leiria, Gonçalo Lopes, considera que a opção Monte Real deve manter-se.
"Tem caracteristicas favoráveis, tendo em conta o custo da obra de adaptação e a rapidez: prevê-se a construção de alta velocidade, o que fará com que Leiria fique a 35 minutos de Lisboa, servindo a região centro."
O autarca de Leiria indica ainda outra vantagem da localização Monte Real: "No nosso entender, é mais uma hipótese a norte do Tejo. Os turistas estrangeiros e a população habitam sobretudo a norte. No que diz respeito ás questões do custo, dos impactos ambientais e do impacto económico no desenvolvimento de uma região, aguardamos com expectativa aquilo que será a evolução dos trabalhos."