A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana, responsável pelos Óscares, expulsou o produtor Harvey Weinstein, depois de este ter sido acusado de violação e assédio sexual.
Os 54 membros do conselho de governadores da academia reuniram-se este sábado para avaliar as acusações de violação e assédio sexual e tomaram a decisão de expulsão após uma votação superior a dois terços.
“Nós não nos separamos apenas de alguém que não merece o respeito dos seus colegas, mas também para enviar uma mensagem de que a era da ignorância voluntária e vergonhosa cumplicidade em relação ao comportamento sexualmente predatório e ao assédio no local de trabalho na nossa indústria terminou. O que está aqui em causa é um problema profundamente preocupante que não tem lugar na nossa sociedade”, lê-se no comunicado.
A academia garante que vai “trabalhar para estabelecer padrões éticos de conduta que todos os membros da academia deverão exemplificar”.
Esta é uma decisão sem precedentes em Hollywood. O New York Times lembra até os casos de Roman Polanski, considerado culpado por abusos sexuais contra uma menina de 13 anos, ou de Bill Cosby, também julgado por assédio sexual, que não sofreram o mesmo castigo.
Weinstein, 65 anos, é acusado por cerca de 30 actrizes e outras mulheres que trabalham na indústria do cinema de assédio e violação. Até agora, o produtor tem negado qualquer um dos crimes.