Espera-se um dia difícil para os utentes com consultas e cirurgias programadas. O sindicato independente dos médicos espera uma adesão a ultrapassar os 90%. Roque da Cunha do sindicato independente dos médicos (SIM) admite dificuldades, apesar dos serviços mínimos nas urgências “estamos à espera de uma fortíssima adesão. Há um grande descontentamento não só pela perda de poder de compra que foi cerca de 20% nos últimos anos. Estamos a pensar nos cuidados de saúde primários onde alguns milhares de consultas que vão ter de ser não efetivadas: são consultas externas nos hospitais, muitas centenas e muitas cirurgias não urgentes que não vão ser realizadas”.
Uma paralisação que tem garantidos os serviços mínimos nas urgências, mas que vai afetar todo o restante serviço hospitalar. A juntar a esta paralisação dos médicos da região centro está ainda em curso uma paralisação ás horas extraordinárias nos cuidados de saúde primários “ e dentro e 15 das haverá nova greve, mas agora dos médicos do serviço interno” anuncia Roque da Cunha.
Para o presidente do SIM está agora nas mãos do governo resolver o diferendo. Roque da Cunha espera que no encontro de amanhã com o executivo possa sair uma solução “é um alerta depois de termos durante um ano e meio tudo fazermos para evitar esta greve, para que os nossos utentes percebam que aquilo que nós pagamos impostos tem de ter uma aplicação no serviço nacional de saúde, não só em instalações, mas também em condições de trabalho e equipamentos. Portanto, está nas mãos do governo já na reunião que vamos ter na próxima quinta-feira de inverter esta situação” remata Roque da Cunha quando está prevista para esta quinta-feira nova ronda negocial entre médicos e governo.