O bispo do Funchal, D. Nuno Brás, diz que, na "nova normalidade" na Madeira "faltam os turistas, grande motor da economia".
Em declarações à Renascença, em vésperas de celebrar os 506 anos da diocese, D. Nuno Brás manifesta o sentimento dos diocesanos em poder voltar a contar com "o ganha pão para grande parte dos trabalhadores da ilha".
"Quem chega ao Funchal vê uma cidade que está a viver normalmente”, com “as pessoas a usar máscara dentro dos espaços fechados e algumas mesmo na rua”, diz D. Nuno.
"O novo normal já existe, mas faltam os turistas que são o grande motor da economia. Portanto, aguardamos que eles cheguem."
“Esperamos muito pelos turistas que são, de facto, o pão para grande parte dos trabalhadores da ilha”, enfatiza no prelado.
O arquipélago tem conseguido apresentar resultados muito positivos na luta contra a pandemia e D. Nuno Brás manifesta a esperança de que “se, eventualmente, houver mais alguns casos a fazer aumentar as estatísticas, eles possam não ter implicações graves ao ponto de fazer regredir a situação”.
A Diocese do Funchal assinala a 12 deste mês - sexta-feira - o aniversário da sua criação. Foi a 12 de Junho de 1514 que foi criada, através da bula "Pro excellenti praeminentia", do Papa Leão X.
D. Nuno Brás destaca importância estratégica da diocese do Funchal nas Descobertas e no processo de missionação. "A diocese do Funchal funcionou como plataforma para a própria fé ser espalhada pelo resto das terras descobertas”, declara.
"Quando foi criada, passou a ter jurisdição sobre todas as terras que os portugueses haveriam de descobrir”, aponta o bispo.
"Foi imaginada pelo rei D. Manuel I como o ponto de apoio para a obra de missionação porque o era também para a própria obra das descobertas da expansão portuguesa”, sublinha D. Nuno Brás.
Com todos os limites que a pandemia ainda impõe, o dia da Diocese do Funchal será assinalado com uma celebração solene às 18h00, na catedral, seguindo-se a deposição de uma coroa de flores junto do monumento que assinala os 500 da criação da diocese.