A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, criticou, esta segunda-feira, o Governo por "continuar a recusar soluções fundamentais" para o SNS.
Durante os últimos dias têm sido divulgadas várias notícias de serviços de urgência obstétricos fechados em muitos hospitais na zona da Grande Lisboa. Na sexta-feira, foi noticiado que um bebé morreu no Hospital das Caldas da Raínha, onde as urgências de obstetrícia se encontravam encerradas. Nessa altura o Hospital recusou um nexo causal entre a morte do bebé e os problemas nas escalas.
A Ministra da Saúde, Marta Temido tem estado em reuniões de emergência, ao longo desta segunda-feira, com as autoridades de saúde da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, com os clínicos e com a Ordem dos Médicos.
Em resposta aos mais recentes desenvolvimentos, a líder parlamentar do PCP diz que a realidade está a dar razão ao partido.
"O PCP há muito que alertou para o problema da falta de médicos e para a sangria de profissionais de saúde no SNS", defendeu, numa declaração enviada à Renascença.
Paula Santos voltou a criticar "a falta de resposta do Orçamento de Estado para salvar o SNS" que, recordou, foi o que "levou o PCP a votar contra o Orçamento".
"O PS e o Governo são cúmplices daqueles que procuram degradar e descredebilizar o SNS, com o objetivo de transferir a prestação de cuidados para os grupos privados, alimentando o negócio da doença", apontou.