O procurador-geral da Ucrânia demitiu-se esta terça-feira. Andriy Kostin disse ter renunciado na sequência de um escândalo nacional em que dezenas de autoridades terão abusado da sua posição — incluindo procuradores — para receber o estatuto de pessoa com deficiência e, assim, evitar o serviço militar.
A decisão foi anunciada depois de uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional do país.
Pouco antes de ser conhecida a decisão, foi o Presidente da Ucrânia quem se pronunciou sobre o tema. "O procurador-geral deve assumir a responsabilidade política pela situação", escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais, após a reunião do conselho de segurança.
A declaração de renúncia de Kostin ocorreu minutos depois. O promotor chamou a situação em torno dos falsos diagnósticos de deficiência de "claramente amoral" e concordou com Zelensky sobre a necessidade de responsabilidade pessoal.
"Nesta situação, acredito ser correto anunciar minha renúncia ao cargo de procurador-geral", concluiu.