Para o visitante poder entrar na primeira ARCOmadrid da era pandémica, é preciso ter um teste PCR ou antigénio negativo, ou um certificado de vacinação europeu da Covid-19 válido. Para circular dentro dos dois pavilhões do recinto é obrigatório o uso de máscara do tipo FFP2.
São estas as regras para o regresso do público à maior feira de arte contemporânea da Península Ibérica. Depois das últimas duas edições terem sido afetadas pela pandemia a ARCOmadrid volta a receber os amantes da arte de 23 a 27 de fevereiro, no IFEMA, o recinto de feiras da capital espanhola.
A edição deste ano conta com a presença de 185 galerias de 30 países, 15 delas são portuguesas. Três das galerias portuguesas, a Duarte Sequeira de Braga, a Foco e a Uma Lulik de Lisboa marcam presença na secção Oppening. As restantes 12 galerias de Lisboa e Porto estão na secção geral. Entre elas estão algumas galerias já veteranas da ARCO, como a Carlos Carvalho, a Cristina Guerra, Filomena Soares, Pedro Cera ou Vera Cortês de Lisboa.
Na apresentação esta sexta-feira em Madrid, a diretora da ARCO, Maribel López referia-se às expetativas quanto a esta edição. A responsável da feira garantia que essas expectativas são "muito positivas" e que os compradores têm "muita vontade" de ir à ARCOmadrid.
A edição deste ano presta tributo às galerias de arte que têm sido presença habitual nos 40 anos da feira. Impedidos no ano passado de assinalar a data redonda do aniversário, este ano a ARCOmadrid resolveu organizar uma secção nova a que deu o nome "40 (+1)" que contará com a presença de 19 galerias.
Além desta secção e da Oppening, a ARCOmadrid terá também outra dedicada à arte da América Latina, um dos mercados emergentes de criadores onde o certame espanhol tem vindo a apostar nos últimos anos.
Outro dos destaques da edição 2022, será um espaço dedicado a Projetos de Artistas onde serão apresentados trabalhos de 17 mulheres artistas, dando maior “visibilidade e aumentando o protagonismo do trabalho destas criadoras”, diz a ARCOmadrid em comunicado.
Nesta edição que se quer mais “contida”, diz a organização, para que o público possa melhor usufruir da experiência de visita, são também promovidos, como habitual, diversos encontros em torno da arte contemporânea. O programa de debates aberto a profissionais, colecionadores e amantes de arte tem a curadoria do português João Fernandes, bem como de Gloria Moure, Eurídice Arratia e Margarita Aizpuru.
Por altura da feira acorrem a Madrid centenas de colecionadores. Além de ter um programa de incentivo pensado para novos colecionadores de arte, a ARCOmadrid promovo também um programa para compradores internacionais que costuma atrair a Espanha cerca de 300 colecionadores e 200 profissionais de 40 países. Outro dos regressos será a zona dedicada à edição de arte. A chamada zona "Arts Libris" conta este ano com 55 editores, alguns deles de Portugal.
A ARCOmadrid abre a 23 de fevereiro, mas os três primeiros dias são dedicados exclusivamente para profissionais e colecionadores. A partir das 15h00 de dia 25, as portas abrem para o público geral, até dia 27.