A decisão foi tomada pelo Governo Socialista há mais de um ano, mas esta terça-feira foi Luís Montenegro quem esteve na cerimónia de assinatura do contrato de adjudicação da dessalinizadora do Algarve a um consórcio luso-espanhol. Em Albufeira, onde vai ser construída a dessalinizadora, o primeiro-ministro pediu responsabilidade a todos no uso racional da água.
“Não devemos confundir o termos agora mais capacidade, podermos agora algumas restrições e, no futuro, mais... com uma concessão segundo a qual o assunto agora está resolvido. E, portanto, agora podermos desbaratar, outra vez, o recurso que temos... Pelo contrário”, disse o primeiro-ministro.
Na sessão, Luís Montenegro considerou que a construção desta obra é “um momento histórico para o país e para a região” — já que aquilo que vai converter em água potável corresponde a cerca de 20 por cento do consumo das cidades.
“Vai converter a água do mar em água potável, que corresponde mais ou menos a 20% do consumo urbano atual do Algarve, por ano, isto é cerca de 16 milhões de metros cúbicos de água potável", explicou o primeiro-ministro-
O projeto de construção de uma dessalinizadora em Albufeira é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região do Algarve. A obra vai custar 108 milhões de euros, e cerca de metade desta verba é dinheiro do PRR.
O primeiro-ministro fala num investimento crucial que deve servir, em primeiro lugar, as populações da região.
“Eu não gosto de enganar ninguém, a prioridade é, efetivamente, sempre a pessoa em primeiro lugar e, depois, as atividades económicas, que, por sua vez, também alavancam a qualidade de vida das pessoas”, referiu o primeiro-ministro.
A dessalinizadora do Algarve deve estar concluída daqui a dois anos, no final de 2026. Desde 1980 que existe na ilha de Porto Santo, na Madeira uma dessalinizadora, que produz água potável para abastecimento da ilha.